Comércio Eletrônico: lojas virtuais mantêm alta após flexibilização de atividades econômicas
Consultora de marketing digital dá dicas para lojas movimentarem mercado virtual.
19 de agosto
O comportamento digital dos consumidores na pandemia vem gerando dúvidas sobre a efetividade do comércio presencial. Ainda que as atividades econômicas tenham retornado em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, um levantamento do Instituto Locomotiva, intitulado “Impactos da Pandemia no Comportamento do Consumo do Brasileiro”, registrou queda no interesse em lojas físicas de 8 segmentos, por pelo menos 30% dos compradores.
Entre as categorias afetadas pelo baixo entusiasmo dos clientes, encontram-se shoppings (41%), livrarias (50%), perfumarias e petshops (44%), papelarias (50%), e lojas de departamento (41%), material de construção (38%) e artigos infantis (49%). Em contrapartida, o estudo registrou um aumento de 10% nos consumidores que passaram a comprar pela internet na pandemia, enquanto 45% potencializaram o volume de artigos adquiridos.
A mudança de hábitos vem alertando comerciantes a reestruturarem as lojas virtuais, apostando no jogo de cores, despoluição dos websites e redirecionamento através de links intuitivos. Auxiliando na reforma de antigos e-commerces, além de guiar novos empreendedores a montarem seu primeiro website, a consultora de marketing digital, Priscyla Caldas, explica que é fundamental imagens em alta resolução dos produtos, descrições que não gerem dúvidas nos consumidores, plataforma segura para o usuário, facilidade de acesso e conhecimento da realidade atual das vendas pela internet.
“Estamos passando para um novo ciclo do e-commerce, tendo em vista a reabertura gradual das atividades presenciais. Nessa nova etapa, os comerciantes podem apostar na reestruturação das lojas virtuais, tendo em vista a preferência de alguns compradores pelo digital e a adesão de novos consumidores. Para sua loja não parecer antiga, algumas tendências como despoluir a ‘home page’ de informações, utilizar banners chamativos/interativos para produtos e promoções, e destacar boas estatísticas da compra e avaliação dos produtos são artimanhas para seduzir o consumidor”, explica.
A profissional também promove a utilização do “método audiovisual” para as lojas na internet, recurso ainda pouco utilizado no Brasil, mas que promete alavancar as compras pela interatividade e dinamicidade propostas ao consumidor. Para ilustrar, Priscyla traz o “Shoploop”, plataforma do Google que vem apostando no uso de vídeos feitos por comerciantes e consumidores para assegurar a experiência da compra dos itens, afastando-se do uso de imagens estáticas e pouco chamativas em marketplaces tradicionais.
Analisando o mercado, Priscyla revela que as principais reclamações sobre o e-commerce são propagandas enganosas e a sensação de insegurança ao comprar pela internet. Para resolver esses impasses, a consultora de Marketing Digital sugere sempre enviar explicações aos consumidores sobre o status do produto através do e-mail, evitando colocar informações falsas para “amenizar a situação”, ou colocar um FAQ na loja para tirar principais dúvidas e afirmar as políticas de segurança do comércio.
“Outro tópico fundamental para potencializar seu e-commerce é o acesso. Não adianta deixar a loja pronta, toda organizada para os consumidores, se eles não conhecem a existência do estabelecimento. O que eu geralmente falo para meus clientes, é que uma loja virtual, geralmente, está localizada em uma rua deserta e desconhecida. Se você não divulga, a clientela nunca chegará até lá. Ter uma estratégia de divulgação da loja, serviços e produtos, é essencial para se destacar, desde o marketing até a chegada do item na casa do comprador”, conclui.
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